Na clara manhã dos pensamentos
Teus olhos visitam minha lembrança.
Enchem-me de tremor e ternura
E, perdida de mim, eu te observo.
Esse teu desespero mudo, esse universo
De sutil fervor que nós criamos
Não me permite mergulhar na tua alma
(Se é profunda ou rasa, desconheço).
Antes fosse ameno, fosse antes leve.
Um sorriso, um aceno e uma saudade
De uns olhos distantes e inquietos.
Antes fosse uma canção, um verso
Mas o mar que há nos teus olhos me repele
E o olho do teu furacão me joga longe.
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