quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Mulher, mulher...


Para que todo esse brilho? Ofusca a vista dos que estão acostumados com a escuridão. Essa vida que explode no teu corpo contamina os pessimistas; eles ficam embriagados e você bem sabe o que é alguém embriagado de droga desconhecida.

 Esse absinto aí, que corre nas tuas veias, é veneno. A cobra inofensiva, a maçã envenenada. Você sabe que é assim. A luxúria tem um nome enganoso; corrói as estruturas fracas dos puritanos. Ainda que eles a venerem e se enfiem em buracos fétidos para praticá-la, como ratos. Sabe, só escondidos eles podem ser ratos.

Apaga esse fogo milenar que queima no teu sexo. Que queime no teu corpo, tudo bem. Queimar o corpo alheio é crime, sabe. Atentado ao pudor. Que o pudor seja coisa mesquinha, vá lá; sabemos. Você seria condenada; seria a Geni das ruas.

Antes que joguem merda na tua cara, explode essa tua estrela e joga no meio deles. Que morram queimados assim. Será digno.




Imagem: Ocuppy Wall St, Comeau.

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